Contraste
O vento do norte acorda as vontades
Enquanto puder beberei das verdades
Meu sexto sentido diz não se cale
Cor pálida pede que um tom forte trele.
O frio sem o calor mata os desejos
A boca sem o vinho gela os sonhos
O corpo tem caminhos que fere razões
Pedem o hoje em prol dos senões.
Chuvas intensas chamam trovões
Relampejam na alma ardente emoções
Os tons de azul desperta a saudade
São misturas de dor com a felicidade.
O corpo febril beija a sorte
Do mesmo jeito que espera a morte
Dias são de festas e outros de lutos
Dias são brancos e outros escuros.
Brindemos a tarde azul-piscina
Cantemos a música de Armstrong
Numa banheira coberta de espuma
Com frações de zeros na última cena.