E este olhar...
(Dedicado a Lú – a preciosa rosa do pequeno príncipe)
este olhar que agora encontro,
tão triste, ainda que tão belo,
tão belo, ainda que tão triste...
Em que linha paralela, do universo imaginário,
ele estará agora? E quase me desespero,
por saber porque ele insiste
em estar assim tão triste,
apesar de estar tão belo.
E em que ponto do Universo real,
deste que de fato existe,
encontro paralelo
para um olhar assim tão belo,
apesar de estar tão triste...
E por que ele é tão belo nem se pergunta,
pois que para isso não há o que se explicar,
é belo porque é, e pronto!
O que me pergunto
é por que ele estará tão triste,
ainda que para isso
não me caiba nenhuma explicação,
é curiosidade apenas
e é apenas por ter visto agora,
reunidas de forma tão harmoniosa,
tristeza e beleza conjugadas em teu olhar,
na forma de um verbo indefinido...
Mas o que importa enfim,
é que para ser sincero,
devo dizer-lhe por fim,
e isso é tudo o que eu quero,
que mesmo quando a tristeza resiste,
mesmo sendo um olhar muito triste,
mais do que triste ele é belo.