POR UMA JANELA...

Entre os tempos, estão os fatos.

Alguns cheios de narrativas singelas,

Outros, lembram belos retratos.

Pois eu também os vi pela minha janela,

Onde, tudo, estivera esverdeado pelos matos;

Onde para os quais, me fiz de sentinela !

Foi lá, que contemplei lindas flores;

Muitos pássaros coloridos

E , até, me lembrei dos grandes amores

Que ativaram todos os meus sentidos;

Assim como o melhor dos trovadores

Cujos dons, nunca foram esquecidos.

Tudo, me fazia esquecer de grandes traumas

Para reviver nobres sentimentos.

E, depois de cumprimentar lindas almas,

Dirigia esses meus olhos, atentos,

Às paisagens que , tanto, me acalmavam

Naqueles tempos de tormentos.

Rezei, ali, as orações que até hoje ainda as faço

E olhei para o alto daquelas paisagens;

Envolvi-me em um grande laço,

E vendo os céus , como uma mensagem,

Senti a natureza cair nos meus braços

Para que eu flutuasse, feito miragens.

E mesmo que essa janela venha a se fechar,

Ainda estarei de prontidão,

Com esses mesmos olhos, sempre a brilhar...

Pois não sentirei o medo da solidão

Enquanto estiver caminhando nessa trilha,

Na busca dessa desconhecida dimensão.

Ivan Limeira
Enviado por Ivan Limeira em 08/06/2022
Reeditado em 14/06/2022
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