POR UMA JANELA...
Entre os tempos, estão os fatos.
Alguns cheios de narrativas singelas,
Outros, lembram belos retratos.
Pois eu também os vi pela minha janela,
Onde, tudo, estivera esverdeado pelos matos;
Onde para os quais, me fiz de sentinela !
Foi lá, que contemplei lindas flores;
Muitos pássaros coloridos
E , até, me lembrei dos grandes amores
Que ativaram todos os meus sentidos;
Assim como o melhor dos trovadores
Cujos dons, nunca foram esquecidos.
Tudo, me fazia esquecer de grandes traumas
Para reviver nobres sentimentos.
E, depois de cumprimentar lindas almas,
Dirigia esses meus olhos, atentos,
Às paisagens que , tanto, me acalmavam
Naqueles tempos de tormentos.
Rezei, ali, as orações que até hoje ainda as faço
E olhei para o alto daquelas paisagens;
Envolvi-me em um grande laço,
E vendo os céus , como uma mensagem,
Senti a natureza cair nos meus braços
Para que eu flutuasse, feito miragens.
E mesmo que essa janela venha a se fechar,
Ainda estarei de prontidão,
Com esses mesmos olhos, sempre a brilhar...
Pois não sentirei o medo da solidão
Enquanto estiver caminhando nessa trilha,
Na busca dessa desconhecida dimensão.