OLHAI POR NÓS SENHOR, PORQUE SOMOS SEUS HERDEIROS E ESPERAMOS QUE NOS CHAME.

                                                   S. Brum

VERSOS DA ÚLTIMA SEMANA DE MAIO/JUN

 

 

Publico todas porque, não sei quando desta partirei!

 

 

( I )              A OBRA DIVINA

                                   Solano Brum

Da argila ao Oleiro... Um ser pensante;

Na vida, vive a construir e a destruir...

Das obras Divinas, é o único diferente

Porque, se possui, opta a nunca dividir.

 

Um egoísta, calculista, exclusivista...

Vem destruindo o próprio ambiente!

É ladrão, honesto, figurante, artista...

Atua em palco sem ninguém presente!

 

Explora as espécies que Deus lhe deu,

Não dá valor a nada – nisso, insisto...

E pouco se dá se, doeu ou não doeu...

 

Não vê, à frente, sequer um palmo;

“Da dúvida à certeza... Logo, existo”,

Mas, é um deus, porque li no Salmo!

                      = = = = =

Penso, logo, existo... (R Descartes – “Cogito ergo sum?”

Salmo 82 – 6 “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós sóis filho do altíssimo”

 

Agradeço a Poetisa Erivaslucena por seu comentário sempre a altura, concernente ao que escrevi o qual tenho a subida honra de transcrevê-lo:

"Embora sendo filhos do altíssimo

E a Palavra afirmando que são deuses,

Alguns agem como se não fossem,

destruindo as dádivas que do alto receberam.   

 

( II )       SONHOS DE CRIANÇA

                                  Solano Brum

Eu era jovem... Muito jovem ainda

Mas, tanto o olhar discreto, iluminado,

Quanto sua boca pequenina e linda,

Deixavam-me perdido, tonto, encabulado...

 

Parece que foi ontem... Se jamais finda,

A lembrança é um cometa inflamado!

Dentre todas, na Escola, a preferida...

E ela segredava ser eu seu namorado!

 

Ah! Quem para o tempo que vai à frente?

Trinta anos como águas d’uma corrente,

Vazaram pelas fendas de minha mão!

 

Sonhos de outrora... Sonhos de criança!

Na alegria, tristeza, pobreza ou gastança?

"Sim!" Disse a outra ao entregar o coração!

                           = = = = = =

Versos escritos em 1964 – encontrados numa pasta assim como outros que já foram publicados.

 

( III )     QUIMICA DO AMOR

                             Solano Brum

Não a deixei partir, porque chovia

E nosso quarto se inflamava de amor...

“- Não vês que chove?” – Eu lhe dizia...

E ela, voltava da porta ao cobertor!

 

Nos seus beijos, nos meus beijos, havia

Em tudo um arco íris multicor...

Chovesse mais e mais não deixaria

Que ela deixasse nosso canto acolhedor!

 

E por tantas vezes lhe dizendo “não”,

A química do amor, sendo combustão,

Fundiu nossos corpos de par em par!

 

Que desabe o céu como torrente...

Que lampeje ou troveje eternamente...

Eternamente... Comigo hás de ficar!

             = = = == = =

 

   ( IV )     A POESIA

                       Solano Brum

O sol se despede do dia, detrás do monte

Inflamando o espaço em tons mesclados!

Desfalece, languidamente no horizonte;

Viajor de estrada, a passos claudicados!

 

À tarde, efêmera, poucos predicados...

Carece do astro que se põe agonizante!

Brilham estrelas em vãos intercalados

No vestido rodado da viúva esfuziante!

 

Só a lua perambula com seu clarão,

Arrastando incauta estrela matutina,

Em noite lasciva de prazer e perdição!

 

Vejo a madrugada abortando o dia,

No exposto quadro que me fascina

De um Pintor que inspirou a Poesia!

             = = = = =

Poesia enviada ao Poeta R Camacho, como Interação.

 

( V )     OS BEIJOS MEUS

                             Solano Brum

Diga-me o que queres... Irei buscar...

Imagine o impossível mesmo que seja!

Usarei as velas do barco em alto mar;

As unhas e dentes a qualquer peleja!

 

Tua vontade é lei... Devo acatar

Por seres mais bela que “Dona Beja;

Mais bela que a rosa; que o luar;

Mais doce que o licor d’ma cereja!”

 

Se posso adivinhar, perguntarei:

É algo concreto? É alvo invisível?

É o que brilha na amplidão os céus?

 

É luz do pirilampo? Do Astro Rei?

- Que seja irreal ou que seja crível

Ou quem sabe, talvez os beijos meus!

           = = = = =

 

Com o sempre, sua Interação meu Caro Poeta, traz um brilho maior a minha página. Obrigado

 

        A POESIA

             Jacó Filho

De quem o cosmos descreve,

Com cores, versos e rimas.

É que a poesia emerge,

Coroando as obras primas.

Dividindo a sua luz,

Com os astros que traduz,

Tão belos quanto se deve,

Quem traz a alma divina,

De quem o cosmos descreve,

Com cores, versos e rimas.

            = = = = =

Belissima Interação Caríssima Poetisa. Prazer em publicá-la em minha página. Obrigado.

QUERES

     Marisa Sá

Quero o sol na alvorada,

O pôr do sol no entardecer,

A lua ao anoitecer,

O seu sonho na madrugada.

 

Quero emoções vividas,

No universo a te cobrir,

Entre constelações esquecidas.

No espetáculo do eclipse que há de vir.

                  = = = = =

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 28/05/2022
Reeditado em 22/03/2024
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