No Lançar da Rede Licores O que sai de mim toca o outro, O que trago do mundo me sustenta O que a vida dá me alimenta Assim lanço a rede nos mares doutro. Bebo licores e a alma salobra fica doce Como saberes e grito nos dedos dizeres. Um dia não é igual ao outro, cresço E nas esquinas frias das ruas renasço. Sou carne, sou tarde, sou noite e cinza Sou espírito que voa nas noites esquecidas. Sou o rio a caminho do mar no desafio da ida. O que apreendo registro com tinta acrílica.