TODAS AS MORTES SÃO BURRAS

A MORTE

Incomoda tanto,

que ninguém a quer por perto.

Mas ela vive (paradoxo).

E ela espreita.

Pulula nos leitos de uti.

Sassarica nos recantos

de guerra.

Dissimula-se nos laboratórios.

Faz-se de morta (redundância)

nos meandros da política.

Faz-se de viuva

em artimanhas de união.

Não há, que eu saiba,

alguma morte sábia.

Todas são burras.

Assim como ingênuas

são as vidas sem um ideal.

Assim como pobres

são as esperanças

de futuros sem matéria.

Nada há que explique

vida além de inteligências

de agora. Do agora.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 28/04/2022
Código do texto: T7505281
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