NINHO

Silenciosamente,

a vida vai

alinhando

os passos,

aninhando

espaços,

serenos

espasmos

no exercício

de ocupar,

perene,

algum lugar,

sem

alardes,

sirenes,

as tardes,

somente,

silentes.

É tudo

que se quer,

não ser

só a gota

nem apenas

o carvalho

ser mais

que a manhã

rôta,

ser chuva ...

ser orvalho.

Ser caminho,

um abraço

de purpurina,

na existência,

no compasso,

na circunferência,

tão uterina,

que de volta

em volta,

sempre

volta,

de mansinho,

a ser ninho.

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 24/04/2022
Código do texto: T7501974
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