ÉBRIO
Há
no copo
um pouco
do corpo,
um sopro
no fundo do poço,
na beira do fosso.
À beira da fossa,
o álcool adoça
para que possa
na ponte elevadiça
subir
a outro
lugar
e depois
quando o efeito
passar
cair
do mesmo jeito
na areia movediça
de um novo bar.
Não há remédio
contra o tédio,
refém da bebida
nessa etílica vida,
uma forma de escapar
do beco sem saída,
o vício que assoma,
no gole que se toma,
no eterno se embriagar.
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