ENLUARADA
Seu mistério habita em mim,
me deposita o silêncio da noite,
amordaçado pelo olhar
ávido por te revelar.
Enclasura-me dentro
dos meus desejos,
na redoma vítrea
que separa
meu sonhar
do seu luar,
mas também
nos une,
nos torna
imunes
deste mundo opaco,
sem o seu brilhar.
Ora sou carceireiro,
vezes outras, prisioneiro
entre libertações
e prisões,
sou a fuga,
seu afago
somos fogo
que nos faz arder
até que o sol
venha nos render.
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