O Grego
Era 20 de outubro de 1930
As horas não sei dizer
A certeza é que nessa hora
A mãe Ekaterine o sentiu nascer
Quando criança em sua casa
Muito o pai Georgios lhe ensinou
Pelos campos de Halkidiki
De cowboy e de 2ª guerra ele brincou
Em montanhas Macedônicas
Fogueiras muitas acendeu
De frio que era intenso
Ovelha única sequer morreu
O tempo lhe fez homem
Marinheiro se tornou
No Hellas Ship seu destroyer
Pelos mares navegou
Vida em ondas vida em mar
Em ser do mundo ele pensou
Assim meio tristemente
Da sua Grécia ele zarpou
Arriverderci Hellas goodbye au revoir
Adeus Esparta adeus Atenas
Adeus Sócrates adeus Platão
Adeus Pitágoras e Aristóteles
Adeus Thessaloniki e Poseidon
Adeus Acrópole Adeus Olimpo
Adeus Homero adeus Pireus
Que fiquem todos sob a graça
E na proteção do grande Zeus
Com dez dólares apenas
Aqui então ele chegou
Com experiência e com vontade
De mecânico trabalhou
Entre óleo e poeira
Graxa e matagal
Deu-se os 11 kilômetros
Que o levou a Macaubal
Sobre máquinas pelas estradas
De uma vastidão interior
Nasceu a necessidade
De uma oficina de trator
Agora longe muito longe
De Kallikratia mar Egeu
Faz-se muito é recordar
Sua Nea Gonia onde nasceu
Só o tempo e mais ninguém
Tem o direito de julgar
E ao Grego de presente
Deu-lhe o direito de um lar
No seu lar agora então
Sonhos lindos ele sonhou
E num romper de um pôr do sol
Meu pai ele se tornou
Na bicicleta pela praça
Ele me ensina a pedalar
O papagaio é bem feito
Como é lindo ve-lo voar
No posto de gasolina
Ele me ensina a trabalhar
Mas sempre me dizendo
Tem mesmo que estudar
Assim como na oficina
Tem sempre um torno a tornear
Conhecido como o Grego
Da oficina de trator
Faço dele um grande amigo
Meu querido e meu senhor