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A história começa em 20 de Novembro de 1983, Teatro Cacilda Becker, São Bernardo do Campo - SP, quando os irmãos Pericles Stergios Tsiloufas (compositor e cantor) e Georgios Stergios Tsiloufas (guitarrista e cantor) inscrevem a canção Sonho do ABC no Festival Musicanto (Festival de Música Popular Brasileira) e levam para casa o prêmio de melhor letra. Assim fez-se um sonho e com ele nasce o Mecânica. Após o festival, o Mecânica torna-se uma banda de garagem na pequena cidade de Macaubal (interior paulista), terra natal dos irmãos Pericles e Georgios, onde aprenderam a cultivar a paixão pela música desde o berço, especialmente pela influência da mãe Lóris, que nas horas vagas empunhava a sua afiada sanfona vermelha. A primeira formação do Mecânica contou com Pericles (vocais), Georgios (guitarras), Júlio (bateria), Edison (teclados) e João (baixo), perdurando até o final dos anos 80, período em que participou de bailes nos clubes locais, shows em praças públicas e de grande produção de composições próprias. Com o início dos anos 90, o Mecânica chega a sua segunda formação, com o ingresso de Rodrigo (bateria) e Fernando (baixo). À época, já com quase 10 anos de estrada e várias canções próprias produzidas, o Mecânica aventura-se em casas noturnas paulistanas e em festivais como F.I.C.O., Fest Valda, dentre outros. Surge então um novo caminho a ser trilhado pela banda: a gravação de discos. Agraciados pela sorte, conhecem Carlinhos Borba Gato e Nenê Benvenuti (Os Incríveis), com quem iniciam a produção das primeiras demos do grupo no apartamento de Borba em São Paulo. Fascinados com esse novo ambiente, os dois irmãos decidem montar na pequena Macaubal o próprio estúdio, o Studio SGT. Já familiarizados com a tecnologia de gravação e, entre idas e vindas no trajeto Macaubal - São Paulo, surgem as dez primeiras canções da banda, dando origem, em 1997, ao primeiro álbum: Vendo Ilusões. Lançado de forma independente, o álbum foi bem recebido pelas rádios da capital e do interior do Estado, o que levou o Mecânica a vários programas de televisão, como Jô Soares Onze e Meia e o Programa Ana Maria Braga. Findo os anos 90, o Mecânica dissolve sua segunda formação e em 2000, já como um duo, os irmãos lançam seu segundo álbum, Poesia na Veia, e em 2003 o terceiro, É Segredo o que Virá. Em 2013, ano em que completou 30 anos de estrada, o Mecânica lança o seu quarto trabalho: Mecânica 4, álbum em que retorna à sua origem de garagem e ao mais puro e clássico Rock'n'Roll. Agora sem uma formação fixa, prossegue existindo não mais como uma simples banda, mas uma Confraria de Amigos. O Mecânica não é fixo nem estático, é móvel, é dinâmico. Não é conjunto nem é grupo, muito menos bando. O Mecânica é banda. É necessidade eterna de pensar, arco-íris com mais de sete cores, vontade louca de querer, é grife vagabunda, estilo de quem é livre. O Mecânica não tem dono e não é nome. É, sobretudo, sobrenome. Sobrenome de de quem foi, é ou será parte integrante dessa confraria de pessoas do bem, músicos, amigos e irmãos. O Mecânica é assim, um astro em eterna transformação e simples como a vida. O Mecânica é dedicado a todos que de alguma maneira semeiam, por esse mundo extremamente mecânico, um pouco de paz e poesia O Mecânica é isso e é assim: simples como a vida e em transformação. Sempre!