ETERNIDADE
O poeta está
condenado à eternidade
dos seus versos.
Quando o pai se for,
os filhos lhe prestarão
as homenagens
na lápide dos olhos
dos leitores.
A boca que
declamar
sua poesia,
exumará,
sua memória,
redimindo
sua estória...
Cada lírio
jogado no túmulo
derramará gotas
do lirismo
e lhe inundará,
oceano
que se estenderá,
abraçará
o continente
com seu (a) mar.
Não há terra capaz
de soterrar
o poeta,
quando
à terra
dedicou seus versos,
e estes fizeram dela
um mais
que infinito universo.
Só há morte,
no esquecimento,
e seus líricos filhos
cuidarão de mantê-lo
insepulto,
na cova aberta do coração da história.
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