MEU NOME É AMOR
Quem és tu
que ousas invadir
meus castelos,
violar o baú
roubar os segredos,
estremecer o chão
por onde piso
e tento fugir?
Por que vens corromper minha solidão,
contar estórias
que julgava esquecidas
por outras histórias?
Não te conheço
de antigos descaminhos?
Vieste agora com
outra face,
mas com a mesma alma.
Quem és tu, afinal?
Queres me fazer confidências
nos olvidos daquele tempo,
ou nos ouvidos do meu desalento?
Se acaso consentir,
como pretendes me convencer?
Nesta hora,
uma brisa menina
acariciou meu rosto
e da tua inocência,
beijei-te em essência.
Ele se revelou
e me desvelou,
então pude comprender
em corpo e alma
que nunca havia partido,
estava na fresta
do meu coração partido,
esperando, pacientemente,
por uma nova chance de me reencontrar.
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