Chuvas de Verão

 

No quarto vazio, livre e de paredes verdes

Fico em silêncio a ouvir a chuva, há sede.

Sede de molhar a terra pra brotar cores,

Pra adoçar a vida, da mais beleza as flores.

 

Sede, Sede enorme de dizer com lágrimas

Como é necessário a sua existência no clima.

É gostoso banho de chuva, minha alma lavada

Em dias calentes do desejo vultuoso de calma.

 

A vida precisa da mistura salubre do todo.

Há equilíbrio inerente a vontade, cálido.

Sisal, cafezal, céu estrelado, lunar, solar.

Para os nossos dias ficarem menos ácido.