LIA
Lia,
vivia
na lua,
com
Luana.
Não escrevia,
só lia,
só via,
sorvia.
Vivia
a arrelia,
arredia.
De dia,
ardia
na lua-de-mel
com seu pincel.
A noite
pintava,
à noite,
apontava,
aprontava
a tela
na janela
de frente pra rua,
aos olhos da lua,
de Luana,
de Ana,
Liliana,
e de quem mais
valia,
e fazia
ali,
com Lia,
conluio
com o luar.