Labirinto Ontem as fronteiras foram dribladas, Bem longe da minha visão desgastada Vi teu vulto espreitar minha alma ácida. Em ritmo telepático, travesso e oculto. Minhas passadas seguem rios correntes, Teus olhos me levam e trás docemente. Num protótipo ser sou levada em mente Na essência real e doída desse sentido. Devastei muitos corredores, me mutilei, Por esse amor (in)secular, de pouca lei. Ainda falam que o romance não existe, Entre o céu e o inferno está a minh'alma Estou num labirinto sem paz, sem calma. Desnudo-me no cair da noite na procura, Diante as tuas vestes guardo a primavera, Visto meu corpo do sereno da madrugada. Tocada pelo orvalho cruzarei a noite calída, Oh Deus! por um momento, devolve-me O labirinto.