QUANDO O TEMPO DORME

Não há engarrafamentos,

quando o tempo estaciona dentro da alma.

Apenas uma fluidez do silêncio,

anestesia das palavras.

A vida se revela

nos detalhes do nada,

nas mínimas coisas:

na parestesia das formigas,

na sinfonia do vento,

valsando com as folhas,

no balanço do barco,

da calma que nos abarca,

e nos abraça.

E nesse balanço existencial,

vamos nos acalentando ...

nos amamentando com o leite

no leito

que a paz nos permite sonhar.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 04/02/2022
Código do texto: T7444988
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