Discórdia

Na longínqua tortura da discórdia

Viva amor, sempre em mim tão delinquente

Nem que embora tristonha e descontente

Solfejando acidez... misericórdia!

Quando em tudo te clamo esta concórdia

Fere o peito esta agulha de vitrola

Com tua voz, um grasnar que cantarola

Machucando quem tanto te venera...

Viva amor, nem que seja uma quimera

Este amor nauseado em vil marola

Carlos Roberto Felix Viana