FIAT LUX!
É tarde,
e tudo está tão próximo.
Sinto o prenúncio
dos seus braços a me envolverem.
Agora já contemplo sua silhueta:
a solidão me deu novas lentes.
O ar imiscui-se de um presságio inquietante.
Já te respiro.
Sôfrego,
eu te ofego,
você me afaga,
e quer me afogar.
Mas quero
permanecer na superfície.
Não temo a imersão,
tampouco a escuridão,
mas ainda há muita luz
do lado de cá.
E preciso muito dela
para iluminar minhas ilusões.