Entre Estações
Não me encontro na mesma estação
A chuva a muito não passa por aqui.
Há um deserto, uma aridez em profusão,
Uma secura intempestiva, uma indagação.
Há nesse instante um vulcão em erosão,
Um desassossego pertinente e buscas
Na chama viva da vida a somar, a dividir.
Falta segundos para a chuva cair.
Cachoeira caem da face e pela vidraça
Vejo a nova estação emergir.
Novo ciclo, nova página, novas estradas.
Os anos trazem estações, levam estações.
Pela vidraça embaçada continuo a esperar
Uma das estações primaverar diante de mim.
Para ver um jardim coberto de flores, enfim.