Peremptório
Não basta definir, é preciso criar
já povoam as duras obras, os limites
falta a faísca da sincera novidade
que abrilhanta o dia sem abdicar
Está em queda o saber braçal
de quem tudo rege e governa
É no acidente do improviso
que a vida renasce original
Deletável instante que tudo fez
para que nada deixasse de existir
diante do que ainda não devia
incluiu a certeza no trono do talvez
Triste ciência no rigor do conceito
o pensamento se conforta na dor
que só quem um dia nutriu, enxerga
resta o lamento pelo formal sujeito