Condenado à Sorte
Hoje acordei o dia em trovoada
Rasguei o dialeto na enxurrada,
Tranquei os dentes a cortar o vento,
Varri da minha vida todo intento.
Preciso ficar sem nenhum espelho
Não quero me ver nem pelo soalho.
Tenho um mal pressentimento, presságio
E isso pra mim é um estágio
Em que me encontro presidiário.