HOJE UM DIA IGUAL
Nasce gente. Morre gente.
Assim, também, esperanças.
Nascer e morrer faz parte
da poesia menos lírica.
Mais empírica. Mais espírita.
E as almas desse mundo
vão se alojando no além.
Além mar. Além Paraíba.
Voltas redondas que o mundo
dá.
E os poetas que poderiam ser eternos.
Nem ternos têm.
Tênis, bermuda, camiseta de dormir....
Vão pra academia.
Cultuar personal treining
do teatro.
Hoje, um dia igual.
Sem igual.