CRIANÇA

Da criança

evoquemos

o sono dos anjos

de corpos frágeis,

e asas fortes

nos voos de cada manhã.

Não há de se pedir

reservas,

nem pudores;

repousa a criança

em leito puro,

na liberdade

da janela sem trancas,

à porta desabituada de cadeados;

varanda encoberta de sorrisos,

envolta de pássaros.

às folhas delicadas,

voando desordenadas

na algazarra organizada

pelo vento,

na dança trôpega

de pezinhos aprendizes

que provoca tremores

na terra

que com ela quer dançar.

Exultemos

seus olhos,

alí brilha a alegria

de ser o melhor,

o maior presente

daquele lugar.

Por isso,

lhe dedico os versos,

sem rimas ou métricas

palavras incompreensíveis...

apenas singelamente infantis,

porque infantil é

quem sabe ser feliz,

porque ser feliz é

ser sempre criança

na forma de escrever

na forma de se viver

com sua esperança.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 18/10/2021
Código do texto: T7365914
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