TEMPOS MODERNOS

O poeta sente a fome dos

aneuréxicos de plantão.

Não se satisfaz com saladas

mal lavadas.

Nem com ervas finas e de cheiro

bom.

O poeta virou burguês.

Mal sabe de ovos mexidos.

Nem de mexillhões.

Novos tempos da poesia.

Um bocado de angústia.

Outro tanto de astúcia.

E as letras se misturam

como num rocambole

sem início, nem meio...

nem fim.

EDSON PAULUCCI
Enviado por EDSON PAULUCCI em 09/10/2021
Código do texto: T7360130
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.