A VIDA É UM RIO
Tudo é um fluir, a vida é um rio
Sopro, estrada do eterno devir
Nada permance e tudo é transitório
Nenhuma dor e nem ao menos alegria.
Toda mudança é necessária
Somente o presente existe
E se quer chegar na outra margem
Encontrar a si mesmo
Somos instantes
Nasço e morro todo dia
Por estrelas em movimentos
Memória e esquecimento.
Espero o inesperado
O delimitado viver
O presente presentificado
De um tempo sentido.
O meu corpo é causa
Meio do tempo dos acontecimentos
Possível de travessia
De experiência viva
Prefere sutilezas
Busca sua própria voz
Quer ir mais longe
Rumo ao desconhecido.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá