PURA

Não quero

sentimentalismos,

nem mesmo

sentimentalidades,

Deixais serem

as sombras que são,

carentes de uma luz,

reféns do lumém,

para se propagarem em parasitológicas aparições.

De ti,

aprecio a suficiência

do teu mais singelo sentimento,

sem excessos,

ou exiguidades,

na medida exata da tua verdade,

na pureza com que

se despe para mim,

com as vestes da alma,

como vestais,

como virgem,

imaculadamente,

maior do que

qualquer desejo venal,

apenas embalsamada

de infinitos sonhos,

que nenhuma realidade profana

jamais ousará alcançar.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 28/09/2021
Código do texto: T7352427
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