DESAVISOS

Já não há em mim tantos regressos.

O tempo impacientou-se

e trancou o portão da imaginária volta.

Mas ainda havia

um resquício de espera,

da eterna moribunda esperança.

Pena!

Terei que acalentá-las

em alguma outra dimensão,

por ora desconhecida,

na penumbra de um verso

ainda mais ingênuo

que o farei com

uma nova pena

da ilusão repaginada,

enquanto procuro

a chave daquele mesmo portão

que o senhor da razão,

sem razão alguma,

deixou à sombra de algum desaviso.

Só não sei bem,

se o dele,

ou o meu.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 19/09/2021
Código do texto: T7346088
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