BEM QUIETINHO
Aqui, assim,
nessa solidão de alma.
Bem quietinho.
Me aconchego nas promessas
do futuro.
Mas ele é vil, mentiroso e cruel.
Não existe, de fato.
Não vejo evidências
que seja verossímil.
Nem sinto amores
por futuros incertos.
Prefiro as falácias
dos dias de hoje.
Nos enganam porque
gostamos.
Na verdade,
amamos o insólito,
desconhecido,
na esperança
que seja feito
de consolos.