ODE AO SILÊNCIO

Nem sempre compreendo a plenitude da linguagem do silêncio,

mas devoto respeito às palavras mudas.

Decerto há uma sabedoria implícita no verbo ausente da boca e presente na (c)alma.

Como se fora uma mensagem tácita

nas entrelinhas terapêuticas do não dizer.

E entre linhas sozinhas vamos cosendo no vazio das cordas vocais o agasalho que nos protege da destemperança,

e do congelante calafrio que o desaviso das palavras desobedientes podem provocar.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 31/08/2021
Código do texto: T7332662
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