ODE AO SILÊNCIO
Nem sempre compreendo a plenitude da linguagem do silêncio,
mas devoto respeito às palavras mudas.
Decerto há uma sabedoria implícita no verbo ausente da boca e presente na (c)alma.
Como se fora uma mensagem tácita
nas entrelinhas terapêuticas do não dizer.
E entre linhas sozinhas vamos cosendo no vazio das cordas vocais o agasalho que nos protege da destemperança,
e do congelante calafrio que o desaviso das palavras desobedientes podem provocar.