FÉ E GUERRA NO FIM
FÉ E GUERRA NO FIM
Muito antes do fim,
Precisamos do meio,
Porque somente assim,
Eu me lembro do seio.
Pois se fui Rasputim,
Foi por um romaneio,
Quando o frete é ruim,
E o carro é sem freio.
Nos urais ou na estepe,
Lembro a lebre no gelo,
A fugir do seu fim,
Porque não é camelo.
Mas se não tem feijão,
Tem fuzil como anseio,
E eu não como nenhum,
Porque morro primeiro.
E na angústia ou vespeiro,
Vejo as motos na pista,
Se ao prover motoqueiro,
Peter Fonda é analista.
Mas é certa a versão,
De um tirano em apelos,
Quando a morte ou prisão,
Se revelam no espelho.
Só o povo é a questão,
Sendo escravo do anseio,
Pois ser crente é versão,
Mas tem arma no meio.
Fé e guerra não são,
Irmãs da pura verdade,
Pois postulam emoção,
Onde ferve a maldade.
E hoje, beiramos o fim,
Em conflitante progresso,
Pois, numa guerra, o sim,
Conflita nosso multiverso.
FÉ E GUERRA NO FIM
Muito antes do fim,
Precisamos do meio,
Porque somente assim,
Eu me lembro do seio.
Pois se fui Rasputim,
Foi por um romaneio,
Quando o frete é ruim,
E o carro é sem freio.
Nos urais ou na estepe,
Lembro a lebre no gelo,
A fugir do seu fim,
Porque não é camelo.
Mas se não tem feijão,
Tem fuzil como anseio,
E eu não como nenhum,
Porque morro primeiro.
E na angústia ou vespeiro,
Vejo as motos na pista,
Se ao prover motoqueiro,
Peter Fonda é analista.
Mas é certa a versão,
De um tirano em apelos,
Quando a morte ou prisão,
Se revelam no espelho.
Só o povo é a questão,
Sendo escravo do anseio,
Pois ser crente é versão,
Mas tem arma no meio.
Fé e guerra não são,
Irmãs da pura verdade,
Pois postulam emoção,
Onde ferve a maldade.
E hoje, beiramos o fim,
Em conflitante progresso,
Pois, numa guerra, o sim,
Conflita nosso multiverso.