QUARTA PARTE DE: UM PUNHADO DE VERSOS

( I )                 FOGO
                               Solano Brum
Em noite quente, num campo Santo,
Predomina o silêncio como imperador,
Túmulos boquiabertos, de canto a canto,
O mistério corre, causando horror...

No casebre pobre do pobre lenhador,
Está presente a lhe enxugar o pranto.
Encanta os olhos, mas provoca a dor,
Do céu desceu, como um Ato Santo!

Das mãos de Prometeu às dos mortais,
Na carruagem de Helio, brilha mais...
Destrói num segundo, projeto milenar!

É o chicote das almas condenadas...
De Vulcano, próprio para marteladas;
Aquece o coração de quem sabe amar!
                   = = = = =

( II )       POESIA - XXX –
                                  Solano Brum
Eu vou a ti, como raio de sol dourando
A tua pele e brilhando para o teu olhar!
A ti, que vive atenta, me escutando,
Enquanto tento conjugar o verbo amar!

Flores desabrocham a cada instante,
Novas promessas do nascer ao por do sol!
Eu vou a ti, com esse Poema comovente
Mal comparando o cantar do rouxinol!

A vida é breve, tudo passa, tudo flui...
Os sonhos de cada noite não se repetem,
E o amor sincero cresce mais que diminui!

Eu vou a ti com esses dolentes apelos,
De alma e coração que jamais mentem,
Para dedicar à sua vida, os meus desvelos!
                  = = = = = = = = = =

Versos enviados via ApSap, a Poetisa Guida de Sá, em 13/08/2021.
Versos enviados a Poetisa Sandra Laurita, em 13/08/2021. Via Wap Zap.


( III )             PRIMEIRA VEZ
                                   Solano Brum
Olhei nos olhos de minha amada,
Tentando descobrir o seu pudor,
E vi, uma doce vida, iluminada
Entre nós e um futuro promissor!

Nosso primeiro instante de amor!
Tímida, sobre a cama acolchoada,
Tinha beleza e perfume d’uma flor
E a cabeça, de sonhos, enfeitada!

Ainda hoje, depois de tanto tempo,
Busco no trivial um novo invento,
Qual cicerone, atencioso e Cortês!

Os espaços de amor são alongados...
O tempo nos faz hoje, conformados,
Mas, prazeroso, como a primeira vez!
                    = = = = =

( IV )          A ESPERA D’UM MILAGRE
                                             Solano Brum
...Triste e solitária, os olhos fitos sobre o mar,
À sombra do velário, na esplanada do Forte,
Mesmo sabendo do mal subtil que a faz chorar,
Da boca escapa o riso à água que voa ao norte!

Mas logo a alegria se desfaz! A filha de Sétimo
Retorna ao assento, com o seu coração ferido
E um breve “ai” seu, deixa Públio em desatino,
Julgando a morte, sendo rico, fato sem sentido!

Um dia ouviu falar de um Profeta Admirável
E ordenou que lhe trouxesse esse ser Amável,
Ficando, nas esperanças, à espreita dessa Luz!

E os soldados saíram em busca do Iluminado,
Mas, voltaram, sem nunca terem encontrado
O Doce Rabino da Galileia, chamado “Jesus!”
                       = = = = = = = =

Enviados à Pag da Poetisa Esther Ribeiro Gomes, em sua Poesia BAGAGEM, de 18/08/2021, como interação.
Versos montados (não inspirados) pela leitura do Livro O SUAVE MILÁGRE, de Eça de Queiroz, nas páginas 24 a 25.


( V )      A OFERTA DA MUSA
                                      Solano Brum
O Verso e a Trova, o Soneto e a Poesia
São suspiros que brotam da emoção!
Enquanto uma sutilmente se “anuncia”,
As outras fazem sala, a espera de atenção!

Só o Poeta, tem a força de expressão...
Em cada frase, seu texto irradia
A magnífica beleza da oração
Sobrepujando a própria fantasia!

A Trova é minúscula, mas, poderosa...
A Poesia, por ser livre, é declamada!
O Soneto sendo clássico exige a metrificação
Enquanto que, o Verso, tem o perfume da rosa!
.......................................................................................
Mas, todos nascem d’uma alma apaixonada,
Que a Musa oferece, como inspiração!
                           = = =

Poesia enviada a Poetisa Sonya Azevedo, em 17/08/2021, a sua página O POETA E OS VERSOS, como interação.

( VI )            COMPARAÇÃO
                                  Solano Brum
Parabenizo quem tem o dom de escrever
Lindos versos! - Como o fazes, na Poesia!
Há versos sonoros; outros, fáceis de se ler
E os que, recitados, sobressaem pela magia!

... Os cachos de ouro na luz do alvorecer;
O silêncio do sereno sob a vegetação fria;
Um astro de luz, que, à noite, se pode ver;
Folhas, sendo arrastadas pela ventania...

A inspiração está no meio dessa leveza;
Da força imaginária que move o mundo,
Do suave perfume que nos vem das flores!

E o Poeta, capta o real e toda essa beleza
Transforma-a, em Poesia, num segundo,
Tão igual ao de sua página, de belas cores!
                       = = = = = = = =

Poesia enviada a Poetisa ESTHER RIBEIRO GOMES, em sua Poesia O POETA E A POESIA, em 27/08/2021, na interação que fez a Poetisa Sonya Azevedo, em sua Poesia O POETA E OS VERSOS. ...

( VII )      À TUA ESPERA
                               Solano Brum
Vem amor!

Não queiras saber o que sinto
Na ausência
Dos teus abraços
E os pensamentos
Impróprios
Que circundam meu corpo
Ansioso por te esperar!

Vem amor,

Quero tomar-te nos braços,
Beijar tua boca madura,
Fazer-te mulher
Mais uma vez...
Depois das tantas
Que já fizemos!

Vem amor!

O vinho está aberto,
As taças estão vazias
E o lençol da cama...
Ah! – Esse, já me perguntou
Três vezes por você!
Por isso,
Não volto ao quarto,
Enquanto você não chegar!
                = = = = =

Versos enviados como Interação, a Poetisa UMA MULHER UM POEMA, nos versos AMOR ME AQUECENDO, em 28/08/2021 .


( VIII )          INDAGAÇÕES
                             Solano Brum
Perguntaram-me
Se, é mais freqüente,
Mais abundante,
Mais procedente
Nossos encontros,
Estando a lua
Mais insinuante!

Não depende da lua!

Nossos encontros
Dá-se a qualquer momento;
Em qualquer tempo,
A qualquer hora,
Em qualquer lugar!

A lua pode estar
Cheia,
Minguante
Ou no seu quarto crescente...

A menos que esteja escondida!
Mesmo assim,
Fica mais voluptuoso...
Mais consentido...

Se, realmente querem saber,
- Não depende da lua!
Depende, sim e tão somente,
Do nosso querer!
         = = = =
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Versos Primorosos em REDONDE, do Poeta Jacó Filho para abrilhantar ainda mais essa Página. Parabéns e Obrigado meu amigo!

POEMAS DE LUZ
            Jacó Filho
Quando d'alma, as janelas,
Abrem seus véus para luz.
O céu vem em aquarelas,
Num poema que o traduz,
Como sábio portador,
Da essência do amor,
Que cura nossas sequelas,
Porque ao bem, nos conduz, 
Quando d'alma, as janelas,

Abrem seus véus para luz.
           = = = = = =





 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 29/08/2021
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T7331033
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