[RI]SONHA
Ao adentrar o cômodo de sua intimidade
Destilei sensações inebriantes de aconchego
Cheguei em seu dorso imerso
Altaneiro de debutantes devaneios
Deslizei em sua dádiva sala
Sai só em nó de seu desconcerto
Escutei e lhe dei o que não dava
Sobre as divindades das beldades
Invocadas nas palavras acariciadas.
Ao adentrar os recantos de sua finitude
Senti o breu se desvanecer ao anoitecer os lampiões
Revesti e revi o revivido ávido de revelação
Revoei em folhas de fornalhas fincadas
Nas pequenas risadas invocadas de vontades
Imaculada alada de visões sonhadas
Renasci entre seu corpo de comunhão perene
Entre a relva retaliada de concessão amansada
Intocada nas tocas tomadas de seu casarão.
Ao sair de suas ruas escutei o esconderijo de seus arbustos
Seu busto largo no compasso efervescente divinal
Amanheci em conexão com suas estrelas reluzentes
Envolto de caminhos desalinhos em comboios
Nas mensagens das lembranças abraçadas
Imanentes condecoradas de risonhas salivadas
No envolver do ver envolto de vontades
Alimentadas ali onde o colo ata os artifícios
Dos ofícios oficializados dos órgãos de seu consentimento.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá