SENDO A SEIVA
SENDO A SEIVA
Quero ser destilado de luz,
Sendo relva a perdurar,
Para ao dia ser quem seduz,
Porque à noite estive ao luar.
Quando o ser é como mastruz,
Lembro a selva a me namorar,
E não deixo o que a noite reluz,
Se as nuvens permitem sonhar.
Ou sonho com a mata a pulsar,
Tirando a seiva dos galhos,
Para um tronco poder olear,
Minha cuia e os penduricalhos.
Na senda da busca por bálsamo,
Vou frizando até seringueiras,
Mesmo quando sou um alabastro,
Que jaz sob as pedras primeiras.
A lenda que mostra meus passos,
Descorre por calhas e folhas,
Saltando nas gotas em cachos,
Bem na queda d'água caolha.
Mas ainda preciso selar,
A fresta onde o sol se esconde,
Resguardando o frio do mar,
No soturno salão de Caronte.
E enquanto o barco navega,
Sou o vento e a seiva cansada,
Mas enfrento o mal que impera,
Seja aqui ou em plena esplanada.
SENDO A SEIVA
Quero ser destilado de luz,
Sendo relva a perdurar,
Para ao dia ser quem seduz,
Porque à noite estive ao luar.
Quando o ser é como mastruz,
Lembro a selva a me namorar,
E não deixo o que a noite reluz,
Se as nuvens permitem sonhar.
Ou sonho com a mata a pulsar,
Tirando a seiva dos galhos,
Para um tronco poder olear,
Minha cuia e os penduricalhos.
Na senda da busca por bálsamo,
Vou frizando até seringueiras,
Mesmo quando sou um alabastro,
Que jaz sob as pedras primeiras.
A lenda que mostra meus passos,
Descorre por calhas e folhas,
Saltando nas gotas em cachos,
Bem na queda d'água caolha.
Mas ainda preciso selar,
A fresta onde o sol se esconde,
Resguardando o frio do mar,
No soturno salão de Caronte.
E enquanto o barco navega,
Sou o vento e a seiva cansada,
Mas enfrento o mal que impera,
Seja aqui ou em plena esplanada.