FLATULÊNCIAS "NORMAIS"

FLATULÊNCIAS "NORMAIS"

Como seria o túnel de gases,
Costurado no ori de um tolo,
Se o couro de alguns atabaques,
Só reveste o remendo do bolo?

Como iria o estrume exalar,
Ou flatulências serem normais,
Se não há um filé pra sonhar,
Na chapa do fogão sem gás?

Desse jeito o coral se aquece,
No fedor que exala a luxúria,
Pois o cão que ladra não desce,
No canil que perdura a penúria.

É assim que age o baixo clero,
Nos lodaçais gestores de tudo,
Negociam até mesmo um prego,
Tão normais como atores de luto.

Desse jeito surgem os radicais,
Não por serem o melhor ou justo,
Se a milícia, talibã ou "normais",
São retratos do mais absurdo.

Não escuto bandeira e chacais,
Pois não falam perante o vento,
Mas demonstram o mal que faz,
Crer sem ler ou viver de momento.

Tudo agora nos parece castigo,
Mas ressoa das vidas de outrora,
Se o presente é o após do antigo,
Como a lei que só hoje vigora.