Parnasianismo
Parnasianismo
Politofrênio em plúdifos tumbélidos,
destrálicos, nérfilos e mozônicos,
de órdio grapil detrunam-se os gônidos
e lipidécios tungem-me os pélidos;
procunfiei-me bálicos flutídeos
e vergumei o bortel de lupidreios
em que condero a flota e os galveios,
finéticos roleios dos calnídeos;
o lipidênio eu plasto e derrembulo
por debuná-lo o alzil da carçandela
da fornegência tumaz em que combulo
os pernetícios da prúscula mocela,
eticolados, na ilência do que alfulo,
a me plastar a górdia da frustela...
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Explicando o poema acima:
Abomino os ditos clássicos por sua hemorrágica verborragia
despejada sobre um povo analfabeto
que por sê-lo não opta
mas que ainda assim gosta de poesia;
mesmo que em grego ou copta...
Que diferença faz?
O entendimento jaz, mas não importa.
A língua está viva ou está morta?
O ritmo... o tom... o sentimento...
O amor que dá calor à palavra mais fria...
É isso que traz contentamento
à alma vazia
que ouve a poesia...
Não bastam as palavras sem sentido...
É preciso que o verso declame
o que tenha sentido,
o que se tem sentido
e o que se ame!