AS TRÊS POESIAS

(I)
       TEMPOS QUE LÁ SE VÃO....
                                  Solano Brum
Ela me dizia: Terás um futuro promissor!
Então, eu a olhava, tomado de fantasia!
Mal sabia, naquele tempo, o que era amor...
E enamorado, alguns versos lhe escrevia!

À noite, olhava o céu e me comovia
O brilho da constelação da ursa maior!
Mas, foi nos olhos dela que afinal, havia
Mais estrelas do que eu poderia supor!

Ah! Tempos que lá se vão! Inconsciente
E sem noção, declarei, com certa timidez,
O que se passava no meu frágil coração!

Sua mão tocou-me a cabeça, levemente,
E no sorriso doce, vi desmoronar, de vez,
O castelo erguido na minha imaginação!

                  = = = = = =
(II)
     
A CAUSA DO DESENCONTRO
                                     Solano Brum
Tudo ficara para depois da chuva...
Presumia-se que, o sol, voltaria a brilhar
E poderíamos saborear o queijo e a uva
Além do suave Porto, para acompanhar!

Depois da chuva, haveríamos de experimentar
Tudo que por sobre a mesa, estava exposto;
E a canção convidativa na voz de Altemar,
Fomentaria a recepção, com estilo e gosto!

A flor murchou; o vinho, não foi aberto,
A vela queimou, - inclusive, todo o pavio -
E o pretenso encontro não deu certo...

Eu a esperei e ela, no entanto, não veio...
Parece um livro que, tantas vezes leio,
Como que, a esperar, da chuva, seu estio!

                           = = = =
(III)
           
NOS POEMAS...
                         Solano Brum
Parece-me que, para você, eu não existo
Mas, não devolves para mim, poesias
Que, pelo pouco caso que fazes, insisto
Escrevê-las nesse inverno de noites frias!

Estás aqui...Tu moras no meu coração!
Olvidar-te, não sei, por mais que tente!
Meritíssima Juíza faz a minha solidão,
Na sela do desdém, fria e inclemente!

Sei que recebes meus Poemas; que os lês;
Só não sei se os guarda nesse seu quarto
Ou se rasgas, sem nenhuma compaixão!

Nos Poemas, minha tristeza, tu não vês,
Nem te comove, saber que sou de fato,
Quem, por amor, entregou a ti o coração!

                    = = = = = = =
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Obrigado Caríssima Poetisa Maria de Fatima Delfina de Moraes , por essa adorável interação.  Foi demais!!! 

           DOS TEUS POEMAS...
                           Maria de F.D. de Moraes


Na paixão por ti sonhada, não houve amor
sequer ligou para o tanto que sentias,
fez pouco caso de teu sofrimento e dor,
mas ainda tens as tuas poesias!

Quisera eu, estar em teus poemas,
pois em teu peito não haveria solidão,
descreverias do amor as mais lindas cenas,
e em ternura, eu ancoraria ao teu coração.

Os teus poemas com amor, eu os teria,
e não no quarto, mas na alma com paixão,
ainda que uma só estrofe me dedicasse!

Ah! Em teu coração tristeza não haveria, 
nem qualquer desalento ou desilusão, 
se permitisses, meu coração ao teu aportasse! 
                         = = = = = =
RECEBI COMO INTERAÇÃO ESSES LINDOS VERSOS Obrigado poetisa.


       Ahavah
TEMPOS QUE LÁ SE VÃO!
                             Ahavah
O tempo passa e essa tua fantasia,
Somente tu a trazes aquecida,
Junto ao coração então, padeces
Por que essa mulher tu não a esqueces
Na certa ela ama outro com galhardia!
                  = = = = =

DESENCONTRO
              Ahavah 
Nem mesmo no encontro tão esperado,
Ela não compareceu como foi combinado,
E tu logo Percebeu o triste desencontro.
Mas se tu amigo, olhares por outro ângulo,
Verás que foi melhor assim, ela foi sincera,
Não querendo acalentar esse teu sonho!
                   = = = = = =

NOS POEMAS
           Ahavah 
Pois é, poeta amigo, inda insistes,
Nesse amor que provou-te ser omisso,
Nem tuas lindas poesias ela responde,
E tu ficas acabrunhado, então reclamas.
Desistas poeta, sei que é muito triste,
A gente amar sem ser correspondido,
É terrível amar quem não nos ama!
                  = = = =









 

Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 28/07/2021
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T7309032
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