PERAMBULAÇÃO
Venho cansado
Das lonjuras poeirentas
Busco descanso
Cama de folhas
Pé de cedro
Amigo antigo
Infância distante
Aspiro folhas
Secas como as tetas do tempo
Nem vida nem morte
Apenas um golpe de sorte
Ar em movimento
Lapso de tempo
Passado o cansaço
Caminho sob o mormaço
Claudicando margeio o mundo
Trôpego afundo
Espero a nuvem negra partir.
Se ficar o vazio,
Apenas sorrio.
Novo impulso pode surgir
Voltarei quando chover uma garoa
A água correrá para o Rio
E encherá a lagoa.
(Apenas me espere na esquina...)
Tácito