ENGENHEIRO DE CAUSAS DE CALOR
Eu engenheiro de causas de calor
Chuva de fogo inflada
Chama viva acalantada
Agrada o inverso.
Eu poeta das sensações inauditas
Tudo infla e arde
Deleite de luz
Dos meus olhos.
Eu cavaleiro errante de afinidades eletivas
Brisa gentil no corpo
Inflama o coração
Anelo o vento.
Eu arqueólogo da alma de causas e sabores
Escutador das horas do cio
Intimo o inefável
Escultor do vazio produtivo.
Sou a pulsão da primavera no orgasmo do sonho
A transgressão da aspereza da inação
Arqueador de loucuras permitidas
Entre os arcanos semiescondidos da razão.
De Fernando Henrique Santos Sanches - Fernando Febá