SEGUINDO A CADA SEGUNDO

Da estrada não levo a poeira,

refugo dos passos, nenhum,

pegadas pegadas de algum

caminho erradio,

sem beira, nem eira,

sem braço de mar,

ou beira dum rio,

do árido caminhar.

Sigo

apenas em frente,

sob pena de não ter

quem me enfrente

na escaldante caminhada,

quem me esquente

na cama fria da madrugada.

A travessia é longa,

sem lenga-lenga

nem delonga

somente ir em paz

com quem comigo faz

um jornada sem arenga,

apenas caminhando

sem olhar para trás.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 27/06/2021
Código do texto: T7287941
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