A ÍNDIA IRACEMA
Em um doce dilema,
Senti, no meu coração, agitado,
Às lembranças da linda Iracema.
Nativa, dos olhos amendoados
Que, com cheiro de alfazema,
Exibia-me o seu lindo corpo, intocado.
Índia, da linhagem das grandes guerreiras;
Dos tempos do SEREGÍ, cacique imponente;
Das tribos que lutavam em terras costeiras;
Nas batalhas, sangrentas, deste continente;
Moça linda, como as corredeiras
Que avançavam por terras quentes.
Das matas, fazia o seu quintal,
Onde os bichos lhe faziam companhia.
Suas danças, eram de fino ritual;
Expressava, sempre, um sorriso largo;
Os seus cabelos, eram de um tom negro natural,
Mas, escondiam os seus dias mais amargos !
Compartilhou-me dias, lindos, da sua vida,
Ao caminhar pelas areias, calmas,
De Atalaia, a sua praia preferida.
Lugar que enchia, de alegria, as nossas alma,
Nas manhãs ensolaradas e coloridas;
Onde, tantos anjos, batiam palmas.
Iracema, de sublimes momentos !
Comedida, por sua própria natureza;
Pela vivência dos seus nobres sentimentos;
Pelo seu espírito de, infinitas, grandezas;
De inspiração, para os novos tempos,
Onde a luz será, sempre, a de primeira grandeza.