A ÍNDIA IRACEMA

Em um doce dilema,

Senti, no meu coração, agitado,

Às lembranças da linda Iracema.

Nativa, dos olhos amendoados

Que, com cheiro de alfazema,

Exibia-me o seu lindo corpo, intocado.

Índia, da linhagem das grandes guerreiras;

Dos tempos do SEREGÍ, cacique imponente;

Das tribos que lutavam em terras costeiras;

Nas batalhas, sangrentas, deste continente;

Moça linda, como as corredeiras

Que avançavam por terras quentes.

Das matas, fazia o seu quintal,

Onde os bichos lhe faziam companhia.

Suas danças, eram de fino ritual;

Expressava, sempre, um sorriso largo;

Os seus cabelos, eram de um tom negro natural,

Mas, escondiam os seus dias mais amargos !

Compartilhou-me dias, lindos, da sua vida,

Ao caminhar pelas areias, calmas,

De Atalaia, a sua praia preferida.

Lugar que enchia, de alegria, as nossas alma,

Nas manhãs ensolaradas e coloridas;

Onde, tantos anjos, batiam palmas.

Iracema, de sublimes momentos !

Comedida, por sua própria natureza;

Pela vivência dos seus nobres sentimentos;

Pelo seu espírito de, infinitas, grandezas;

De inspiração, para os novos tempos,

Onde a luz será, sempre, a de primeira grandeza.

Ivan Limeira
Enviado por Ivan Limeira em 19/05/2021
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