ÊXTASE
Hoje, nasci no teu verbo,
oralidade que adoça o paladar
na saliva do beijo,
na seiva do desejo,
na voz rouca
ao pé do ouvido,
nas mãos da libido,
denunciando em pingos de orvalho,
as gotas que saem do teu orgasmo.
Seu tato,
é o total
da vez,
toque
na tez
que oculta
e aprisiona o prazer
e o liberta
na língua solta,
desvairada e louca
sedenta por lamber,
fecunda,
profunda,
no mergulho
sem castidade
pelo céu da boca
e pelo véu
da outra cavidade.