ANÁTEMA
Quer traçar letras sobre amor.
Não sabe, nem se sente capaz.
A vida soa insuportável!
A morte, de tão comum e pontual,
O convida ao velar passivo.
Que Deus o salve do morrer e do viver,
Que saiba suportar qualquer ferida,
Seja ela descorada ou colorida.
Talvez fria e dolorida.
Os prazeres, joga-os no lixo,
Sejam eles recicláveis.
Que,no processo salvador,
No chegar ou em cada ida,
Recolha a sua dor,
Recobre vidas, vidas, vidas.