A LAVRA DA PALAVRA

Da escuridão,

não me atrevo

a ser treva,

nem trava,

nessa trova,

nessa trívia,

nem tão curva

nem tão turva,

apenas trivial.

Da luz,

procuro a chave,

no meio da chuva.

E quem achava

que me enxovalhava,

era eu quem molhava

as flores do quintal.

E assim

de versos em verso,

de rima em rima,

esta terra é a minha lavra.

Com ela eu converso,

planto sementes de palavra,

minha obra-prima,

que cresce e floresce

para além do ponto final.

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 03/04/2021
Código do texto: T7222558
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.