ASAS DA LIBERDADE
O menino, vendo
a revoada dos pássaros,
garimpou respostas junto ao pai:
- para onde vão?
- por que vão?
Voam para liberdade,
disse-lhe o pai.
Não meu pai!
Eles já são liberdade.
Apenas emprestam suas asas
para nossos olhos,
pensamentos e ações
acharem que também podem ser.
E se retirou, enquanto o pai, constrangido,
abria a gaiola,
deixando sair o pássaro cativo,
que habitava dentro e fora de si.