De manhã
De manhã, eu peguei meu coração partido
Coloquei em minha nécessaire
E zarpei rumo a alegria
Nem hesitei
Nem coloquei remédio na ferida
Apenas fui tentar seguir a vida
Sangrando e com medo
De nunca mais ser feliz.
Conforme o ônibus se afasta da sua casa
A cabeça vai ficando mais leve,
O sofrimento parecendo mais breve,
E eu volto a respirar
Começo a me animar
Achando que foi melhor
Que não fui alguém a desistir
Mas aquele que teve coragem
De num amor bosta
Dar um fim.