A Vida que tive,
Que andei a maldizer
Foi a que devia ter
Para chegar aqui,
Precisei passar por ali
Não se é escritora à toa
Nem escritor é qualquer um
Tem que não querer mais do
 que a vontade que lhe cabe
Vestir-se de verdade
Despir-se da maldade
Olhar o pobre mais pobre
encostar naquele coração a bater
e ser capaz de repartir com ele
a luz  que no seu  coração jaz e
que tanta falta lhe faz.
 
                                      Lita Moniz