SEREI VENTO

SEREI VENTO

Já fui um cavaleiro,
Montado em Pegasus,
E já fui cancioneiro,
Pelo chão andaluz.

E lembro do primeiro,
Coice que lá tomei,
Enquanto um torneiro,
Deu a mão ao que sei.

E assim fiz meu totem,
Sendo erguido na cruz,
Mesmo que ninguém note,
Que só Cristo reluz.

Então eu sou flautista,
Na redoma dos anjos,
Ou planando na pista,
Com um toque de banjos.

E meus versos cavalgam,
Soltos em serenatas,
Pelos sonhos do artista,
Nos telhados das casas.

Só assim serei vento,
Sussurrando meus sonhos,
E a girar cataventos,
Em suspiros medonhos.

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