POEMA TRUCULENTO

Os fundilhos da pátria se mostram pro mundo

entre pernas abertas rendendo-se ao caos,

porque seus cafetões a despiram pra venda,

pelos câmbios escusos de seus interesses...

Minha pátria tem donos que roubam seu tino,

prostituem seus rumos, impedem que a honra

seja ponto-de-apoio e visão do futuro;

dê motivo de orgulho, esperança e leveza...

Uma terra estuprada por todo poder

que a encurrala no cio de sua ganância,

faz de minha poesia este brado grosseiro...

Uma pátria que aos poucos ficou impudica;

cujos filhos legítimos pedem socorro,

porque minguam por obra dos desnaturados...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 01/11/2007
Código do texto: T719190
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.