NA AVENIDA

Meus pés racham

O cimento

A pedra

O ferro

Multicores das avenidas,

Mergulhando na abóboda

Transfigurada das

Indecifráveis fantasias

Na minha camisa suada fica

O riso do samba surdo

Que a coreografia das cores

Fizera germinar.

Luxuria cromática

Corpo e alma borbulha

Na vida da raça

Samba suor e cachaça

VIVER...CANTAR...SAMBAR

A avenida é a mesma de outrora

Ainda hoje mostra

As manchas crespas dos meus pés

Caminhando atrás do

Que meus desejos vêem.

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 14/02/2021
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